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Ecologistas pedem participação popular em defesa do ambiente |
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Grupos argentinos de defesa do meio-ambiente pedirão aos chefes de Estado do Mercosul que levem em conta a opinião popular perante situações de risco ao meio ambiente, além de se oporem à instalação de duas papeleiras de capital europeu no Uruguai.
Ambos os pronunciamentos farão parte de um documento que será apresentado durante a próxima cúpula do Mercosul e associados em Córdoba (Argentina), disseram hoje fontes da Assembléia Cidadã Ambiental da cidade argentina de Gualeguaychú, vizinha à uruguaia de Fray Bentos, onde estão sendo construídas as papeleiras.
O documento expressa a oposição do grupo às fábricas de celulose da finlandesa Botnia e da espanhola Ence, indicou Gustavo Rivollier, um dos dirigentes do grupo ecologista.
"Mas também expressará a reivindicação de que haja uma licença social para que os cidadãos do Mercosul (integrado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) possam opinar diante de situações que prejudicam sua qualidade de vida", afirmou.
A instalação das fábricas é motivo de um conflito que chegou à Corte Internacional de Justiça de Haia, que anunciou hoje que na próxima quinta-feira se pronunciará sobre o pedido argentino de suspensão das obras, para a realização de um novo estudo sobre o impacto ambiental dessas indústrias.
Gustavo Rivollier confirmou que os grupos ecologistas argentinos farão uma manifestação contra as papeleiras no dia 20 de julho, na primeira jornada da cúpula do bloco regional.
Segundo ele, ainda não foi definido em que momento da cúpula será entregue o documento com suas reivindicações, pois isso depende das "últimas modificações" da agenda da reunião, organizada pela Chancelaria da Argentina, que passará ao Brasil a Presidência temporária do Mercosul.
"Estamos procurando o melhor lugar e o melhor momento para podermos entregar (o documento) ao presidente (uruguaio) Tabaré Vázquez e ao resto dos governantes do Mercosul e dos países associados" (Colômbia, Chile, Bolívia, Equador e Peru), disse.
Rivollier disse que o documento, que entre outros pontos "fundamenta a oposição à instalação das fábricas da Botnia e Ence", está sendo redigido por grupos ecologistas de Gualeguaychú e outras cidades da província de Entre Ríos, fronteiriça com o Uruguai. |
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Data: 07/07/2006 |
Fonte: EFE |
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