Unesco se diz satisfeita com sistema de alarme de maremotos
O novo sistema de alarme de maremotos no Oceano Índico "funcionou bem" na segunda-feira passada, pois "as autoridades nacionais receberam a informação" a tempo, mas ainda falta ser posta em funcionamento a "última etapa", que leva a informação "até as povoações litorâneas", disse hoje o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura.
Matsuura incentivou os países da região a "continuarem com seus esforços" para implementar seus sistemas nacionais de alerta, e "realizar a última etapa, que vai até as povoações litorâneas", informou em comunicado.

O sistema de alarme de maremotos do Oceano Índico, instalado nos últimos 18 meses pelas autoridades da região com a ajuda da Comissão Oceanográfica da Unesco (COI) funcionou bem", e o boletim de alerta "chegou a Jacarta 19 minutos depois do terremoto", permitindo às autoridades "receberam as informações que lhes permitiam atuar", disse.

Ainda assim, várias centenas de pessoas morreram, e dezenas de milhares perderam suas casas e meios de subsistência.

O sistema "ainda tem grandes falhas", em particular no que concerne "aos alertas dirigidos às povoações litorâneas", disse Matsuura.

Ele considera "importante" continuar o trabalho realizado nestes 18 últimos meses e "reforçar no plano nacional a capacidade de reagir de maneira eficaz quando tais desastres ocorrem".

A Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disse que o Grupo Intergovernamental de Coordenação (GIC) do Sistema de Alarme de tsunamis e de Atenuação de seus Efeitos no Oceano Índico (IOTWS) se reunirá em Bali, de 31 de julho a 2 de agosto, para avaliar os resultados deste que será "o primeiro teste verdadeiro para o sistema".

Em Bali, os analistas "farão um balanço sobre os avanços dos diferentes componentes e refletirão sobre as ações prioritárias" a serem tomadas, diante dos últimos eventos, acrescentou.

A Unesco lembrou que já foram instalados nos países litorâneos da região um total de 26 centros nacionais de alerta, dos 29 previstos.

Segundo o último balanço provisório, o tsunami que caiu sobre a ilha de Java na segunda-feira passada matou 525 pessoas e feriu 383, enquanto outras quase 300 estão desaparecidas. Calcula-se ainda que 38.700 pessoas tiveram que deixar suas casas.

Desde que, em 26 de dezembro de 2004, o litoral da Indonésia foi arrasado por um gigantesco tsunami, a Unesco vem incentivando a implementação de sistemas de alarme em todas as regiões litorâneas do planeta, e de maneira especial no Oceano Índico.
Data: 20/07/2006
Fonte: EFE



 
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