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Especialistas alertam para longa luta contra aquecimento global |
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Autoridades americanas comemoravam, nesta quinta-feira (9), ter conseguido evitar as inundações sistemáticas em Miami Beach, Flórida (sudeste dos EUA), usando um sistema de bombas, mas admitiram que, a longo prazo, a verdadeira luta será contra as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global.
“Como vamos superar este desafio por meio de bombas se não começarmos a mitigar as emissões de carbono, que estão alimentando as mudanças climáticas?”, perguntou a diretora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Gina McCarthy, em Miami Beach.
As cheias coincidem com a chamada grande maré, a mais alta do ano, que em ocasiões anteriores, provocou a inundação de várias ruas de Miami Beach.
Este ano, ao contrário, as avenidas do balneário se mantinham secas, o que segundo as autoridades se deve ao recém-instalado sistema de bombas, usado para drenar a água: um investimento de 15 milhões de dólares.
“Estamos esperançosos com os resultados desta semana, mas este é só um passo em uma longa guerra”, disse o prefeito de Miami Beach, Philip Levine, lembrando que no ano passado, durante a grande maré, chegou a circular de caiaque em uma rua para chamar atenção para a necessidade de se tomar medidas.
Nos últimos 50 anos, o nível do mar no sul da Flórida aumentou entre 13 e 20 centímetros “e as projeções são de que, no fim do século, possa subir entre 60 e 90 centímetros se não mudarmos nossas políticas”, disse o senador democrata do estado, Bill Nelson.
Setenta e cinco por cento da população da Flórida moram na costa e a maioria seria afetada, afirmou.
“Se não tomarmos medidas, o aumento do nível do mar que vemos em todas as partes vai piorar”, disse Gina McCarthy, que pediu “desculpas” em nome de sua geração por não ter se ocupado do aquecimento global antes.
O governo do presidente Barack Obama anunciou, em meados do ano, um plano, desenvolvido pela EPA, para permitir aos estados americanos escolher como reduzir, até 2030, 30% das emissões de dióxido de carbono (CO2) com base nos níveis de 2005.
A proposta, que dá aos estados prazo até 2016 para apresentar seu plano de ação, foi criticada pelos opositores republicanos, alguns dos quais negam a realidade das mudanças climáticas ou rejeitam que seja responsabilidade das atividades humanas.
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Data: 10/10/2014 |
Fonte: uol |
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