China reafirma compromisso com cúpula do clima apesar de dados sobre o carvão
A China reafirmou nesta quarta-feira o compromisso com a cúpula contra a mudança climática de Paris no final do mês e não quis comentar se os novos dados oficiais que apontam que o país teve uma alta no consumo de carvão de 17% anual terão impacto em sua credibilidade na conferência.

O país asiático “adotará um papel ativo e construtivo” na cúpula de Paris, que começará em 30 de novembro, disse na quarta-feira em entrevista coletiva em Pequim uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

“Trataremos de impulsionar um acordo que reparta de forma equilibrada e igualitária as responsabilidades (dos países)”, acrescentou.

A porta-voz recusou contestar se os dados publicados em um relatório oficial anual de estatísticas de consumo de carvão das autoridades chinesas, que indicam um aumento de 17% por ano com relação aos números anteriormente revelados, é um revés para a China próximo da cúpula de Paris.

“Verá que durante a visita do presidente François Hollande à China, os líderes dos dois países intercambiaram opiniões e alcançaram um importante consenso” sobre os objetivos da cúpula do clima de Paris, respondeu Hua, citando uma declaração chinês-francesa assinada na segunda-feira em Pequim.

“A declaração mostra a vontade de ambos países de abordar o assunto da mudança climática e de cooperar em nível multilateral”, acrescentou.

Esta declaração lançada durante a visita do líder francês à China estabelece que qualquer texto seja juridicamente vinculativo, que os compromissos nacionais sejam revisados em alta cada cinco anos e a meta que o aquecimento global não ultrapasse os 2 graus centígrados este século.

A China quer assegurar que “a conferência de Paris será um sucesso”, disse Hua.

Os novos dados do país, o maior emissor de gases do efeito estufa do planeta, indicam por outro lado que o consumo de carvão foi subestimado desde 2000, sobretudo nos últimos anos, por isso que a segunda economia mundial emitiu muito mais dióxido de carbono à atmosfera do calculado anteriormente (quase 1 bilhão mais de toneladas ao ano).
Data: 05/11/2015
Fonte: Terra



 
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