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Mudança climática terá impacto maior na América Latina |
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As consequências da mudança climática serão mais notórias na América Latina do que em muitas regiões do mundo devido à grande biodiversidade do continente e à forte dependência da economia destes países do setor primário, apontaram nesta quarta-feira à Agência Efe responsáveis do programa Euroclima.
Um dos líderes do Euroclima, um programa que fomenta a cooperação meio ambiental entre a UE e 18 países da América Latina, Horst Pilger, declarou que os efeitos da mudança climática serão notados particularmente na América Latina, reduzindo a biodiversidade em alguns dos países com maior riqueza biológica do mundo, como Brasil, Costa Rica e Colômbia.
Além disso, afetará notoriamente a economia em comparação com regiões como a Europa porque a produção econômica na América Latina “é muito dependente da agricultura e dos recursos primários” e a mudança climática afeta mais este setor do que a indústria e os serviços, afirmou Pilger.
Pilger fez essas declarações no marco da realização dos Dias Europeus do Desenvolvimento, nos quais o Euroclima apresentou seus avanços e o trabalho que realiza em conjunto junto a seus membros implementadores.
Para combater estes desafios que a América Latina enfrenta é necessário fortalecer “a troca de conhecimentos” entre a UE e as instituições, mas também entre os próprios países, no que é conhecido como “cooperação sul-sul”, apontou à Agência Efe o responsável da direção geral de Cooperação Regional em mudança climática da Comissão Europeia, Catherine Ghyoot.
Este programa centrará sua terceira fase, que começa neste ano, em incentivar a cooperação entre nações com o objetivo de “reforçar a resistência da região latino-americana perante a mudança climática e promover oportunidades para um crescimento verde”, segundo apontou o Euroclima em comunicado.
Os representantes do Euroclima asseguraram à Agência Efe que o programa conseguiu que os países da região pudessem intercambiar boas práticas sobre mudança climática.
Além disso, a redução da “vulnerabilidade social e meio ambiental para a mudança climática” acarretaria, segundo os responsáveis deste programa, em uma “redução da pobreza na América Latina”.
“Queremos que a região cresça, mas a um ritmo sustentável”, disse Pilger em referência aos desafios futuros.
A UE procura em termos gerais uma conciliação “da sustentabilidade ambiental com o desenvolvimento constante” em uma região “muito exposta à mudança climática e às catástrofes naturais”, para o que, segundo o Euroclima, foi destinado um orçamento total de cerca de 300 milhões de euros.
Inaugurado em 2010, o Euroclima “facilita a integração das estratégias e medidas de mitigação e de adaptação perante a mudança climática” nas políticas de 18 países da América Latina, segundo explica a iniciativa em comunicado.
A União Europeia destinou no período 2010-2016 mais de 16 milhões de euros só através do programa Euroclima para potencializar projetos destinados a diminuir os efeitos da mudança climática na América Latina.
Atualmente o programa está em sua segunda fase e se centra na troca de informação e experiências, na melhora da capacidade agrícola para se adaptar à mudança climática e na tomada de medidas de “adaptação e mitigação com benefícios adicionais” em outros setores.
Entre os parceiros implementadores dos programas membros da comissão pelo Euroclima figuram a Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe para as Nações Unidas (Cepal), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia (JRC), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Assistência Técnica do Programa. |
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Data: 17/06/2016 |
Fonte: Terra |
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