China admite que chuva ácida afeta metade do país
A chuva ácida, o pior problema de poluição atmosférica da China, afeta mais da metade das cidades do país, reconheceu hoje a maior autoridade ambiental chinesa.
Segundo números apresentados hoje, em entrevista coletiva de responsáveis da Administração Estatal de Proteção Ambiental (Sepa, sigla em inglês), 357 das 696 cidades chinesas onde o fenômeno é estudado apresentaram indícios de chuva ácida. Elas representam 51,3% do total.

Estes números são piores que os da época em que a China mostrava menor interesse na proteção ambiental. No início da década, o governo afirmava que o fenômeno da chuva ácida afetava "apenas" 30% do país.

Em certas áreas, toda a chuva que cai é ácida. É o que acontece nos distritos de Anji e Xiangshan, na província de Zhejiang, no leste, uma das mais ricas do país; em Shaowu e Fujian, na costa sudeste; e ainda em Ruijin e Jiangxi, no leste.

A chuva ácida, que aumenta a acidez do solo e afeta a composição química de rios e lagos, é um fenômeno causado principalmente pela emissão de dióxido de enxofre, geralmente devido à combustão de carvão em centrais térmicas.

Os diretores do Sepa reconheceram além disso que a China é o maior emissor mundial de dióxido de enxofre. O país é o principal produtor mundial de carvão, responsável por 70% da energia consumida.

Li Xinmin, subdiretor geral do Departamento de Controle da Poluição, destacou no entanto na entrevista coletiva que a China tentará reverter os números nos próximos cinco anos. No XI Plano Qüinqüenal (2006-10), a proteção do meio ambiente é uma das prioridades.

Ele destacou que as regiões mais poluídas da China estão no norte e o oeste do país, e citou as províncias de Shanxi e Henan, principais centros de mineração, como as de pior qualidade atmosférica.

Em Ningxia e Lanzhou, no nordeste, além da poluição há o problema da desertificação. As tempestades de areia reduzem ainda mais as possibilidades de seus habitantes de respirar ar puro.
Data: 03/08/2006
Fonte: EFE



 
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