Tsunamis podem ser medidos do espaço, diz estudo
A extensão dos tsunamis, as ondas destrutivas que podem se deslocar a grande velocidade por milhares de quilômetros depois de um abalo sísmico submarino, pode ser medida do espaço, revelou um estudo do Instituto de Física do Globo de Paris (IPGP).
Apoiados por observações e simulações, Giovanni Occhipinti e os co-autores do IPGP e do Comissariado de Energia Atômica demonstraram que os tsunamis são acompanhados de um sinal atmosférico detectável nas altas camadas ionizadas da atmosfera, informou o IPGG em um comunicado.

"A amplidão do sinal pode ser relacionado à extensão do tsunami em pleno mar", destacam os cientistas. A vigilância da ionosfera poderia, portanto, permitir completar os sistemas de vigilância dos tsunamis, como os existentes no Pacífico e em curso de desdobramento no Oceano Índico.

A existência de um elo entre as correntes marinhas e perturbações da alta atmosfera é prevista desde os anos 1970, mas demoraram trinta anos para colocá-los em evidência, acrescentaram.

Um sinal como este foi detectado pela primeira vez pelo IPGP depois da tsunami provocado por um sismo ao largo do Peru, em 2001. Os cientistas puderam consolidar seus dados após o maremoto mortal que devastou a costa indiana em dezembro de 2004. As fortes perturbações ionosféricas foram detectadas pelos satélites Topex/Poseidon e Jason-1.

Deixar em evidência um elo como este permite considerar a criação de um sistema de vigilância baseados em satélites de redes de localização geográficas (GPS e Galileu), bem como radares de solo, que permitirão fornecer em tempo real a propagação do maremoto.

Este estudo foi publicado na edição de 21 de outubro da revista especializada Geophysical Research Letter.

Data: 07/11/2006
Fonte: AFP



 
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