Poluição cresce no mesmo ritmo da economia chinesa
Todos os índices de poluição aumentaram na China nos primeiros nove meses do ano apesar das medidas do governo federal, e algumas cidades, como Pequim, registraram mais de 90 dias "poluídos", segundo um relatório oficial publicado hoje.
"A qualidade ambiental quase não mudou e algumas áreas ainda sofrem uma poluição grave. As emissões de poluentes industriais ainda crescem constantemente", anunciou a Administração Estatal do Meio Ambiente (Sepa) em seu site.

O crescimento de 10,7% da economia chinesa nos primeiros nove meses do ano foi acompanhado por um aumento das emissões de dióxido de carbono (responsável pelo efeito estufa), dióxido de enxofre (que causa a chuva ácida), e a demanda química de oxigênio (que mede a poluição da água).

A produção no setor do carvão, um dos principais emissores de gases do efeito estufa, cresceu 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado, apesar da campanha de Pequim para reduzir sua dependência do combustível.

Além disso, o país emitiu 4,2% a mais de dióxido de enxofre, e continua sendo o líder em emissões.

Onze das principais cidades do país viveram mais de 90 dias de poluição grave, com um aumento da concentração de substâncias daninhas emitidas, e pelo menos 15 milhões de habitantes foram afetados física ou psicologicamente.

Entre elas, algumas fazem parte da faixa desenvolvida do país, como Pequim, mas outras estão localizadas em regiões mais pobres, como é o caso de Urumqi, capital de Xinjiang, a região habitada pela etnia uigur, maior produtora de petróleo e gás do país.

A Sepa se queixou também da falta de colaboração dos Governos locais. Apenas 30 a 40% dos projetos públicos foram submetidos a controles ambientais antes de ser aprovados.

Data: 22/11/2006
Fonte: EFE



 
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