Pesquisa: aquecimento global pode fazer bem à soja
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, descobriu que o aumento da concentração de CO2 (dióxido de carbono) atmosférico pode gerar mais isoflavonóides, substâncias de defesa encontradas na soja que atuam como agentes anticancerígenos nas pessoas, em uma perspectiva mais econômica.
Liderado pela bióloga Fernanda dos Santos Kretzschmar, a pesquisa mostra que diversos tipos de isoflavonóides, como a genisteína, são produzidos a partir da exposição das plântulas da soja a ambientes enriquecidos com CO2. O efeito também ocorre quando os isoflavonóides são colocados junto com concentrações de óxido nítrico ou fragmentos de parede celular de fungos.

Segundo ela, a questão mais importante no momento é saber que tipo de efeitos o meio ambiente poderia provocar na interação entre a planta e o patógeno. Fernanda informou que as emissões cada vez maiores de CO2 que ocorrerão nos próximos anos já causam algumas preocupações. A bióloga explicou que essas emissões podem chegar a 760 ppm (partes por milhão), em 2050, muito acima das 384 ppm que atingem a atmosfera atualmente.

Para Fernanda, é necessário saber como as plantas se adaptarão às novas condições ambientais e às possíveis alterações no sistema de produção das substâncias anticancerígenas. Esse entendimento poderá criar mecanismos preventivos para o futuro.

Data: 11/10/2007
Fonte: Redação Terra



 
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