Consumo de água mineral deve aumentar 50% no verão
O gosto e o cheiro da água distribuída pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Porto Alegre, devido à proliferação de algas azuis (cianobactérias do gênero Planktothrix) no Guaíba, aliado ao forte calor deste verão, deve elevar o consumo de água na Capital em 50%. A estimativa dos envasadores do produto tem como referência a comercialização de anos anteriores. “No ano passado, houve um crescimento de 56% em janeiro e 73% em fevereiro”, afirma o diretor da empresa Itati, de Canoas, Manoel Dirceu Neto.
Essa expectativa de aumento no faturamento pode ser comprovada pelos distribuidores. Segundo o presidente da associação da categoria (Adam/RS), Alexandre Cidade, com o começo do vestibular e o retorno da praia de milhares de pessoas após as festas de final de ano, o consumo cresceu acima do percentual estimado pelos engarrafadores. “Temos comercializado uma média de cem galões de 20 litros diariamente”, afirmou. No entanto, ele alerta à população para procurar adquirir o produto em pontos comerciais que respeitem as condições de higiene. “Das 950 empresas que atuam na Capital, 80 são associadas na Adam. Por outro lado, cerca de 1,5 mil são ilegais”, relata. Existe uma lei municipal que proibe a venda de galões de água mineral em postos de gasolina, distribuidores de gás, borracharias e oficinas mecânicas. Projeto do vereador Adeli Sell (PT) nesse sentido foi aprovado na Câmara em 14 de dezembro de 2005 e agora aguarda a sanção do Executivo.
Os envasadores de água mineral, por sua vez, lutam pela redução da carga tributária. Conforme Neto, da Itati, 47% do valor pago pelo consumidor é referente a impostos. “Sofremos a fiscalização da vigilância sanitária, mas na hora das taxas, o produto não é reconhecido como alimento”, explicou. Na próxima semana, 14 empresas engarrafadoras farão uma reunião para tentar criar uma associação estadual da categoria. “Queremos ter mais força política para buscar a redução de impostos e baratear o preço da água”, afirmou Neto.

Data: 16/01/2006
Fonte: Folha OnLine



 
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