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Bolívia avalia impacto no país da hidrelétrica brasileira de Jirau |
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O governo da Bolívia diz que iniciou estudos em cooperação com o Canadá para avaliar o possível impacto de duas hidrelétricas que o Brasil planeja construir no rio Madeira (RO). Para o governo, as usinas trarão conseqüências negativas sobre os povoados fronteiriços na região de Pando.
O ministro de Relações Exteriores boliviano, David Choquehuanca, disse que este é um "dos temas sensíveis" na relação com o Brasil e defendeu que o país precisa contar com estudos técnicos para encarar as conversas com as autoridades brasileiras.
Choquehuanca afirmou que as explicações oferecidas até agora pelas comissões técnicas do Brasil não satisfazem à Bolívia, por isso as autoridades bolivianas recorrem a novos estudos com a cooperação do Canadá para conhecer os potenciais efeitos das obras.
Na semana passada, o governo brasileiro aprovou a licença ambiental para a construção da central de Jirau, que, junto à de Santo Antônio, fará parte de um complexo hidrelétrico.
Nesta semana, o presidente do Ibama, Roberto Messias, disse que o impacto ambiental causado pela mudança no local de Jirau será praticamente o mesmo que haveria caso a usina fosse construída no local original. A usina será construída a nove quilômetros do local original.
"Nesse novo eixo, o impacto de maneira geral é muito semelhante. Ainda que tenha aspectos que podem até ter piora em um lugar, tem melhoras em outros", disse.
Antes da licença definitiva, porém, é necessária uma outorga concedida pela ANA (Agência Nacional de Águas). Por enquanto, a agência concedeu apenas uma autorização para que a obra seja construída que prevê que, se por algum motivo, a empresa não conseguir todo o licenciamento para o novo local, ela é obrigada a desfazer as barragens em até seis meses. |
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Data: 20/11/2008 |
Fonte: Folha Online |
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