Alemães registram dia com recorde negativo de gelo marítimo no Ártico
A quantidade de gelo disponível na região do Ártico – no norte da Terra – chegou a 4,24 milhões de quilômetros quadrados no dia 8 de setembro de 2011, atingindo um recorde mínimo segundo medições feitas pela Universidade de Bremen, na Alemanha.

A marca anterior havia sido registrado em 17 de setembro de 2007, quando o derretimento causado – explicado pelos cientistas como uma consequência da ação humana no aquecimento global – deixou a região com apenas 4,27 milhões de quilômetros quadrados de gelo.

Medições do nível de gelo no mar local são realizadas desde 1972. Desde aquele ano, o recuo do gelo marítimo no Ártico já atingiu 50%. O montante de gelo no extremo norte do globo normalmente varia entre 15 milhões de quilômetros quadrados em março e 5 milhões em setembro, todos os anos.

O derretimento do gelo marítimo não pode aumentar o nível dos oceanos, mas os pesquisadores alertam para os efeitos do aquecimento nas camadas localizadas na Groelândia – este sim com chance de elevar a altura dos mares em até 7 metros.

Para os especialistas, o problema não está somente no fato da marca mínima ter sido atingida, mas também na tendência para a redução do gelo no local – algo que já dura 32 anos.

Períodos de insolação elevados durante o mês de julho já eram tidos pelos cientistas como prováveis causas para a redução do gelo no futuro. Há quem defenda que o gelo marítimo no Ártico possa desaparecer por completo daqui a 30 anos, com graves consequências para a Terra, apesar de abrir a oportunidade de exploração de petróleo na área desocupada pelo gelo.

A navegação foi possível pelas rotas Noroeste e Nordeste durante o ano de 2011 por conta da ausência de gelo – a última pode virar rota comercial já que permite a conexão entre os oceanos Pacífico e Atlântico. O degelo já havia deixado as passagens livres duas vezes desde 2008.

A temperatura no Ártico subiu duas vezes mais rápido que a média global nos últimos 50 anos. O ano de 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente da história, desde que institutos começaram a fazer medições. Ainda que a agência norte-americana ainda reconheça o ano de 2005 como recordista, as Nações Unidas atestaram o empate.
Data: 13/09/2011
Fonte: Globo Natureza



 
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