Peixes apresentam doença dois anos depois de vazamento no Golfo do México
Mesmo dois anos após o vazamento de petróleo no Golfo do México, pescadores encontraram marcas de ferimentos em peixes da região. As feridas são sinais de doenças ligadas à poluição. De acordo com cientistas, estas doenças não significam um risco a humanos, mas podem estar devastando espécies de peixes e as pessoas que vivem da pesca na região.

Análises recentes mostraram a presença de petróleo na bile de peixes capturados em agosto de 2011, um ano após o acidente na plataforma. “Bile informa qual foi a última refeição do peixe”, disse Steve Murawski, biólogo marinho da Universidade do Sul da Flórida. “Havia ainda em agosto do ano passado uma fonte de petróleo onde alguns animais se alimentavam”, disse.

A bile de peixes como o vermelho cioba, cherne galha amarela e outras espécies que habitam o golfo tinham, em média, 125 partes por milhão de naftaleno, um composto encontrado no petróleo cru. Cientistas esperam não encontrar quase nada da toxina em peixes capturados no mar aberto.

“Estes níveis são indicativos da poluição em estuários urbanos”, disse.

No verão passado, uma equipe de pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida fez o que foi considerado o mais extenso estudo sobre a doença dos peixes nas águas do Golfo. Os pesquisadores capturaram 4 mil peixes entre julho e agosto em região que abrange a costa da Florida e a Lousiana.

Cerca de 3 por cento dos peixes capturados apresentavam feridas profundas, ulceras e parasitas como sintomas da contaminação ambiental. O número de peixes doentes cresceu não apenas quando os cientistas os capturavam mais para o oeste. De acordo com Murawski, estudos anteriores mostravam apenas 1 por cento dos peixes sofriam de doenças.
Data: 20/04/2012
Fonte: Portal iG



 
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